Por Silas Brasileiro – Presidente do Conselho Nacional do Café (CNC)
Na última terça-feira, dia 16, foi publicado que a colheita de café no Brasil até o dia 12 da semana anterior estava 66% realizada. No mesmo período da safra anterior, o volume era de 59% de frutos colhidos. A indagação que fica é: temos menor produção na safra 2023/2024 ou maior disponibilidade de mão de obra atualmente? Esta avaliação não foi feita no artigo publicado.
Fica, portanto, o registro de uma avaliação a ser considerada pelo mercado.
Todos nós que militamos na cafeicultura brasileira sabemos que, a cada safra, várias considerações são feitas, ora por especialistas que realmente se dedicam a um levantamento mais preciso, ora por outros que são simplesmente especulativos, movidos por diversos interesses. A cafeicultura é uma cultura de valor expressivo, sujeita a condições climáticas adversas, pragas, doenças, e que é cultivada a céu aberto.
O Conselho Nacional do Café tem se preocupado em buscar informações, se não tão precisas, ao menos próximas da realidade do que se vai produzir, sempre com total isenção.
São várias as fontes consultadas através dos departamentos técnicos das cooperativas e contatos com produtores, além de órgãos oficiais como a Conab e o IBGE.
Não temos a menor intenção de colocar em dúvida o que é publicado nesses três ou quatro meses de colheita. É que os relatos durante a mesma semana refletem sempre realidades diferentes, o que pode confundir o mercado.
A conclusão é que é necessário o aperfeiçoamento dos órgãos oficiais, com a publicação das metodologias aplicadas para a formulação de uma política que gere conforto para todos aqueles que atuam nesse complexo setor, que poderá ser muito mais simples se tomarmos como base números oficiais.
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