O mercado futuro de café arábica negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) deve encerrar mais uma semana com desvalorização. Segundo o Broadcast, “fundos de investimentos e especuladores movem o mercado, ignorando fatores técnicos e mesmo sem grandes novidades fundamentais, desde a volta das chuvas às regiões produtoras brasileiras a partir de fim de setembro. Vendas de origem, aparentemente, não ocorrem em larga escala nos atuais níveis de preço”, pontuou a publicação. “Os números divulgados da próxima safra, de maneira geral, são especulativos porque não teremos a mínima possibilidade de uma safra maior (ou super safra)”, disse Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
O vencimento dezembro/22, o mais líquido, encerrou ontem (18) o pregão em 152,70 centavos de dólar por libra-peso. Na semana a queda foi de 10% (1.740 pontos) em comparação com a cotação da quinta-feira (10/11). O café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) fechou esta quinta-feira também em queda semanal de US$ 18,00 (-0,97%) a US$ 1.834 por tonelada.
O dólar à vista teve uma disparada ante o real nesta quinta-feira, com valorização de 0,37%, em R$ 5,4020. Na semana, a moeda americana se valorizou em 1,28% com relação à brasileira.
A Somar Meteorologia informou que, no decorrer da próxima semana, “teremos a intensificação de um corredor de umidade sobre o interior do País, que deve organizar instabilidade mais em intensas do Norte ao Sudeste”. Estão previstos volumes bastante expressivos de água entre São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, norte de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, onde diversas localidades podem receber mais 70 mm do dia 21 ao dia 25 de novembro. “Áreas do Triângulo Mineiro e Cerrado Mineiro e Goiano podem receber mais de 100 mm em cinco dias”, prevê a Somar.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas do café arábica se mantiveram estáveis e do robusta subiram ontem (17), porém houve queda na semana em ambas as cotações. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 943,15 por saca e R$ 558,13 por saca, com variação semanal negativa de 2,70% e de 0,47%, respectivamente.