Produto é o quarto colocado no ranking do VBP de lavouras com crescimento de 26,3% em relação a 2021
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta segunda-feira (12), a estimativa de novembro para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022. De acordo com o levantamento, o café produzirá R$ 56.355,97 bilhões para a balança comercial brasileira. A cafeicultura ocupa o quarto lugar no ranking das lavouras que mais geram divisas para o Brasil, ficando atrás apenas da soja, do milho e da cana-de-açúcar.
O VBP total de 2022 deve chegar a R$ 1,185 trilhão. As lavouras obtiveram um faturamento bruto de R$ 813,14 bilhões, com crescimento de 0,7% e a pecuária registrou R$ 372,35 bilhões, com 1,6% de retração, segundo informações do Mapa.
Em relação ao ano anterior, o incremento do VBP do café é de 26,3%, o que representa um acréscimo real de R$ 11.753 bilhões na balança comercial, saltando de R$44.603 bilhões para os previstos R$56.356.
A cultura do café representa 4,75% de todo o Volume Bruto de Produção brasileiro. Minas Gerais foi o estado que mais gerou renda através da cafeicultura, com R$ 29.396 bilhões, seguido pelo Espírito Santo (R$ 13.389 bilhões), por São Paulo (R$ 5.648 bilhões), Bahia (R$ 3.744 bilhões) e Rondônia (R$ 2.454).
Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), os números demonstram a importância da cafeicultura no cenário nacional. “O café é um produto fundamental para a geração de riqueza e renda para o Brasil. Os dados falam por si só. Em toda a cadeia são 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos. A cafeicultura está presente em 1983 municípios, nos dezesseis estados produtores. São 330 mil produtores de café no Brasil, sendo 78% pequenos produtores rurais, ou seja, 280 mil cafeicultores”.
Para 2022/23, a estimativa do VBP é de R$ 1,256 trilhão, 6% acima do estimado neste ano. Se confirmado, este será o maior valor do VBP de uma série iniciada em 1989.
“Importante ressaltar que as regiões que abrigam a cultura do café registram os melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, sendo locais prósperos e com baixa incidência de criminalidade”, finalizou Silas Brasileiro.
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