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BALANÇO SEMANAL — 20 a 24/07/2020
Futuros do café estendem ganhos nos mercados internacionais
Cotações foram puxadas por recompra de posições por parte dos fundos e enfraquecimento do dólar
Os contratos futuros do café estenderam as fortes altas ocorridas na sexta-feira passada e encerraram a semana valorizados no mercado internacional. Na Bolsa de Nova York, o vencimento set/2020 fechou a sessão de ontem a US$ 1,075 por libra-peso, acumulando ganhos de 520 pontos. Na ICE Europe, o vencimento set/2020 avançou US$ 57, cotado a US$ 1.350 por tonelada.
Segundo analistas, a alta foi puxada por recompra de posições por parte dos fundos e pelo enfraquecimento do dólar. Contudo, eles apontam que os fundamentos sugerem cautela, já que a colheita de café no Brasil caminha sem adversidades climáticas, o que deve garantir a oferta global nos próximos meses.
Na outra ponta, acredita-se que as cotações se sustentem nos níveis atuais, já que, abaixo de US$ 1 por libra-peso, o interesse nos negócios diminuiu, refletindo em baixa comercialização e pouca volatilidade.
A moeda norte-americana declinou 3,1% no acumulado da última sexta-feira até ontem, encerrando o pregão a R$ 5,2134. O fraco desempenho se deu em função da possibilidade de avanço nas reformas após a entrega do governo de proposta de reforma tributária ao Congresso Nacional, da aprovação de um fundo bilionário de recuperação na Europa e do noticiário positivo sobre testes para vacinas contra o novo coronavírus.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo quente e seco, que favorece o andamento da colheita, deve começar a mudar na próxima semana, com a chegada de uma frente fria no Sudeste entre os dias 29 e 30. Há previsão para ocorrência de chuvas, com baixo volume, no leste de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, elevando a umidade do ar. Na sequência, uma nova massa de ar frio chega à Região e derruba as temperaturas.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que as cotações avançaram e negócios vêm sendo registrados, mas a liquidez segue limitada. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 509,02/saca e R$ 361,51/saca, com altas de 0,9% e 1,3%, respectivamente.
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