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Preços internacionais do café têm semana negativa

Notícias – Pautas CNC

BALANÇO SEMANAL — 13 a 17/01/2020

Preços internacionais do café têm semana negativa

Em semana indefinida, com anúncios de safra e balanço de exportações de Brasil e Colômbia, força do dólar também pesou

Em uma semana sem tendência definida, os contratos futuros do café tiveram perdas nos mercados internacionais. Contudo, há baixa volatilidade, demonstrando desinteresse por parte dos operadores nesse momento.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/20 recuou 600 pontos até ontem, encerrando a sessão a US$ 1,1295 por libra peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/20 fechou a US$ 1.314 por tonelada, acumulando queda semanal de US$ 31.

Também pesou negativamente a força do dólar ante o real, que tem o pior desempenho na comparação com a divisa norte-americana em uma cesta de 34 moedas fortes e emergentes. Em 11 sessões deste ano, o dólar subiu em nove. Ontem, o fechamento ficou em R$ 4,1912, o que implicou ganhos de 2,4% na semana.

Entre outras informações, nesta semana a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra 2020 de café do Brasil entre 57,15 milhões e 62,02 milhões de sacas de 60 kg, intervalo que representa altas de 15,9% a 25,8% na comparação com as 49,3 milhões de sacas colhidas em 2019.

No que se refere aos embarques, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que os brasileiros remeteram 40,6 milhões de sacas ao exterior em 2019, batendo recorde histórico e sugerindo que o país é o responsável por garantir a oferta mundial do produto. No ano passado, o market share do Brasil foi de 31,6%.

Já no cenário internacional, a Federação dos Cafeicultores da Colômbia comunicou que a safra do país somou 14,8 milhões de sacas, crescendo 9% sobre 2018, e as exportações chegaram a 13,7 milhões de sacas, com alta de 7%. Nos Estados Unidos, a Green Coffee Association (GCA) divulgou que os estoques de café verde caíram 89.142 sacas em dezembro, para 6,835 milhões de sacas.

No mercado físico, os preços acompanharam o cenário internacional. Em relação ao robusta, a queda foi menor, já que houve suporte da força do dólar e de maior interesse comprador. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 487,70/saca e R$ 300,80/saca, respectivamente com perdas de 3% e 0,2%.



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