A 10ª edição da Semana Internacional do Café (SIC) encerra suas atividades nesta sexta-feira (10), celebrando resultados significativos e consolidando sua posição como um dos maiores eventos do setor.
Conhecida como SIC, a feira teve seu início em 2013, em Belo Horizonte, marcando a celebração dos 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC). Desde então, o evento tem crescido exponencialmente, tornando-se um ponto de encontro essencial para a agroindústria do café.
A Semana Internacional do Café não é apenas uma feira de negócios, mas sim um encontro estratégico para profissionais que buscam conectar-se e gerar oportunidades em toda a cadeia produtiva do café brasileiro, abrindo portas para mercados, conhecimento e negócios.
Com uma abordagem abrangente, a SIC oferece conteúdo de alta qualidade em palestras, cursos, workshops, competições, provas de café, pesquisas e degustações orientadas.
Participação do CNC
O Conselho Nacional do Café (CNC) marcou presença no evento através da participação da técnica Natalia Carr no painel da Plataforma Global do Café “Resiliência a mudança climática e prosperidade do produtor: o novo plano estratégico rumo a 2030”.
Reuniões paralelas também foram realizadas com a colaboração do CNC, a exemplo da contribuição da entidade com o novo regimento da InPacto, para elaboração dos compromissos do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo.
“Eles estão vendo in loco como é realizada a produção do café brasileiro. Isso tira qualquer distorção das informações que recebem no exterior. Muitas pessoas e organismos internacionais usam fatos isolados para comprometerem a imagem do café do Brasil. Podemos usar como exemplo as notícias veiculadas sobre trabalho análogo à escravidão na produção de café. Se pegarmos as denúncias, a porcentagem de casos reais é ínfima perto dos 330 mil cafeicultores que existem no país. Por isso, é fundamental que esses compradores visitem as regiões produtoras e possam constatar o que falamos há anos: o café brasileiro é totalmente sustentável”, explicou Silas Brasileiro.
Para ele, o grande avanço da sustentabilidade tem acontecido em razão do trabalho orientativo junto aos produtores. “O papel do CNC e das cooperativas é levar aos cafeicultores a melhor orientação sobre a produção sustentável. No caso da sustentabilidade social, podemos destacar o esforço desenvolvido pelas entidades em busca da regularização do trabalho temporário, uma vitória conquistada junto ao Governo Federal agora em 2023. Muitas denúncias de trabalho análogo ao escravo existiam em razão da falta de registro da carteira de trabalho. Já temos informações suficientes que apontam uma redução drástica da informalidade durante essa colheita que se encerrou agora”, ressaltou o presidente do CNC.
Silas disse ainda que o Brasil é o único país produtor de café do mundo que tem uma legislação específica, tanto ambiental quanto social. “Temos uma legislação trabalhista com garantias plenas ao trabalhador, como o seguro desemprego, férias, o décimo terceiro salário, a aposentadoria, a seguridade social, a licença maternidade, as horas extras remuneradas, entre outros. O Brasil tem um Sistema Único de Saúde (SUS) que serve como referência a outros países. Na questão ambiental, o Código Florestal foi um grande marco para a proteção de nossas nascentes, matas ciliares, reservas florestais, entre outros. Portanto, a produção brasileira de café pode garantir que está preparada para demonstrar ao mundo nossa capacidade de atender as exigências do novo regulamento europeu, bastando apenas alguns pequenos ajustes que já estão sendo providenciados”, finalizou.
Foto: Tamara Barim/GCP
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