Notícias – Café na Mídia
Por Célia Froufe, correspondente
A Organização Internacional do Café (OIC) estimou hoje que a produção mundial da commodity na safra 2019/2020 será de 169,34 milhões de sacas. Se confirmado, o volume será 2,2% menor do que o do ciclo 2018/19. Para o consumo, a entidade que tem sede em Londres prevê um aumento de 0,3% na atual temporada, para 168,39 milhões de sacas, em relação à anterior. Como resultado, a projeção para o balanço geral de oferta e demanda é de um superávit de 952 mil sacas.
A primeira metade do ano cafeeiro mostrou forte tendência de incremento, de acordo com a OIC, após um aumento do consumo global de 5%, para 167,84 milhões de sacas em 2018/19. “Um aumento na demanda no início da pandemia global e a elevação do consumo doméstico ajudaram a limitar a queda, mas a segunda metade do ano cafeeiro enfrenta a pressão contínua de uma recessão econômica global e uma recuperação limitada em consumo fora de casa”, salientou a entidade.
Em relação à oferta, a Organização acredita que haverá diminuição de 5%, para 95,99 milhões de sacas, do tipo arábica, mas um aumento de 1,9%, para 73,36 milhões de sacas, do robusta. “A produção deverá cair em todas as regiões, exceto Ásia e Oceania, onde se estima que aumentará 2,2%, para 50,92 milhões de sacas”, considerou a instituição.
O relatório mensal da OIC lembrou que a safra do Brasil, o maior produtor mundial, caiu 10,9%, para 58 milhões de sacas no ano-safra de 2019/20. A produção de arábica no País diminuiu 17,4%, para 37,12 milhões de sacas, mas a de robusta aumentou 3,4%, para 20,88 milhões de sacas. “A safra 2020/21 não foi muito afetada pela covid-19, com produção prevista para ser semelhante às safras anteriores do ano (de bienalidade positiva)”, destacou a Organização. Na Colômbia, a expectativa é a de que a oferta deva crescer 1,7%, para 14,1 milhões de sacas em 2019/20.