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OIC: exportação global cai 3,7% em março, para 11,06 milhões de sacas

Notícias – Café na Mídia

Por Célia Froufe, correspondente

As exportações globais de café totalizaram 11,06 milhões de sacas em março, uma queda de 3,7% em relação às 11,49 milhões de sacas expedidas em igual mês de 2019. O dado foi divulgado há pouco pela Organização Internacional do Café (OIC), que tem sede em Londres. Conforme a entidade, as vendas externas na primeira metade do ano cafeeiro de 2019/20 alcançaram 61,96 milhões de sacas, uma queda de 3,9% em comparação com 64,5 milhões de sacas vendidas no mesmo período em 2018/19.

De outubro de 2019 a março de 2020, os embarques de arábica caíram 7,8%, para 38,6 milhões de sacas, enquanto os embarques de robusta aumentaram 3,2%, para 23,36 milhões de sacas.

Os embarques do Brasil em março aumentaram 0,2%, para 3,12 milhões de sacas, por causa do forte aumento dos preços do grupo Naturais Brasileiros no mês. Além disso, a OIC destacou que a depreciação do real em relação ao dólar também influenciou a comercialização do período.

As exportações nacionais nos primeiros seis meses do ano cafeeiro de 2019/20 caíram 10,9%, para 19,6 milhões de sacas. Conforme a Organização, isso ocorreu por causa, em grande parte, de uma menor produção de arábica, que ocorre no período de baixa de seu ciclo bienal. No entanto, a entidade salientou que os embarques domésticos na safra 2019/20, que terminaram em março de 2020, atingiram 40,11 milhões de sacas, 6% a mais que em 2018/19. “Grande parte do crescimento das exportações ocorreu no primeiro semestre de sua safra com as vendas de estoque de sua colheita recorde em 2018/19”, observou a OIC.

Além disso, a instituição ressaltou que os embarques de robusta verde cresceram 40,5%, para 4,1 milhões de sacas, enquanto as exportações de arábica aumentaram 2,8%, para 31,97 milhões de sacas. “Após um declínio em 2017/18, os embarques de café solúvel cresceram nos últimos dois anos da safra, aumentando em 5,5%, para 4,01 milhões de sacas na safra 2019/20”, pontuou a entidade.

Já as importações dos principais países compradores totalizaram 40,56 milhões de sacas nos primeiros quatro meses do ano cafeeiro de 2019/20, volume 9,4% menor que em outubro de 2018 a janeiro de 2019. “As compras de todas as formas de café pelos principais países importadores caíram durante esse período”, comparou a OIC. As importações de café verde cederam 3,7%, para 31,73 milhões de sacas. As importações de café processado, responsáveis por 21,8% do total, também diminuíram. As de café torrado caíram 22,5%, para 5,39 milhões de sacas, e as de café solúvel, recuaram 28,8%, para 3,44 milhões de sacas.

Em janeiro, as importações pelos principais países compradores diminuíram 25,2%, para 8,71 milhões de sacas, em comparação com as importações de janeiro de 2019. Isso se deu, de acordo com a Organização, pelas importações maiores do que o esperado pela União Europeia e pelos Estados Unidos no ano cafeeiro de 2018/19. Além disso, a instituição disse ser provável que o aumento repentino dos preços do final de novembro a dezembro de 2019 tenha incentivado os importadores a adiarem novas compras.

A OIC salientou em seu relatório mensal que, embora o consumo em 2018/19 tenha aumentado 4,9% na Europa e 5,7% na América do Norte, as importações nos primeiros quatro meses do ano cafeeiro de 2019/20 indicam que o crescimento da demanda provavelmente não continuará nesse ritmo, mas estaria mais próximo da média de longo prazo. “No entanto, os dados de importação cobrem o período imediatamente anterior à disseminação da covid-19”, considerou a entidade, salientando que o impacto da pandemia agora apresenta um risco negativo “considerável” para o crescimento do consumo em 2019/20.

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