Notícias – Café na Mídia
Revisão: Rodrigo Ramos
O IBGE estimou a produção brasileira de café em 3,4 milhões de toneladas, ou 56,4 milhões de sacas de 60 kg, representando um aumento de 12,9% em relação a 2019.
A estimativa de produção do café arábica é de 2,5 milhões de toneladas, ou 42,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 22,1% em relação a 2019. O rendimento médio apresenta um crescimento de 16,2%, enquanto a área plantada e a área a ser colhida aumentam em 4,2% e 5,0%, respectivamente.
A safra 2020 do café arábica é de bienalidade positiva, ou seja, ano em que as plantas estão recuperadas fisiologicamente, uma vez que a produção do ano anterior foi menor. Além disso, os preços do produto recuperaram-se a partir do final de 2019, o que deve incentivar os produtores a aumentarem os investimentos em tratos culturais e adubação. Até o presente momento, não se tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção de 2020.
Minas Gerais, maior produtor de café arábica do país, com 74% do total nacional, estima colher 1,9 milhão de toneladas, ou 31,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 26,2% em relação a 2019. No Espírito Santo, a estimativa da produção encontra-se 33,4% maior que em 2019. A produção capixaba deve alcançar 202,0 mil toneladas, ou 3,4 milhões de sacas de 60 kg.
Para o café canephora (conilon), a estimativa da produção encontra-se em 852,0 mil toneladas, ou 14,2 milhões de toneladas, retração de 7,7% em relação a 2019. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro com participação de 66,3% do total, a produção estimada foi de 564,5 mil toneladas, ou 9,4 milhões de sacas de 60 kg, retração de 11,4%. Em Rondônia, a produção estimada foi de 150,9 mil toneladas, ou 2,5 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,1%. Na Bahia, outro importante produtor desse tipo de café, a estimativa da produção encontra-se em 106,6 mil toneladas, ou 1,8 milhão de sacas de 60 kg.
O café conilon passou o ano de 2019 sendo comercializado por um valor relativamente baixo, não tendo retornando boa rentabilidade para os produtores. Dessa forma, a menos que haja recuperação dos preços nos próximos meses, não se aguarda aumento nos investimentos em tratos culturais e adubação, o que pode comprometer o rendimento das lavouras ao longo do ano. Com informações do Departamento de Comunicação Social do IBGE.