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VBP: café gera R$116 bilhões para a economia brasileira e protagoniza um avanço de 46% em um ano

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio da Secretaria de Política Agrícola, divulgou os dados referentes ao Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária da safra 2025, com base em janeiro deste ano. A projeção é que o VBP alcance R$ 1,41 trilhão, um aumento de 11% em relação à safra de 2024 (R$ 1,27 trilhão).

Dentro dessa projeção, mais uma vez, o café se destaca como um dos principais produtos do setor agropecuário. Em 2025, com base nas projeções, a cafeicultura ultrapassou a avicultura, que em 2024 estava à frente com R$ 106,08 bilhões. Agora, o café ocupa a quinta colocação no ranking geral, alcançando R$ 116,42 bilhões, o que representa 8,24% do VBP total do país, um crescimento de 46,1% em relação ao ano anterior. De 2019 a 2025, o aumento do café no VBP foi de impressionantes 271%.

Os estados líderes na produção de café em divisas são Minas Gerais, com R$ 58,72 bilhões, seguido pelo Espírito Santo, com R$ 30,01 bilhões. Bahia (R$ 9,41 bilhões) e São Paulo (R$ 9,41 bilhões) praticamente empatam na terceira posição, enquanto Rondônia se consolida como o quinto maior produtor nacional, com R$ 5,17 bilhões.

Arábica e conilon

O café arábica tem projeção de crescimento de 41,3%, atingindo R$ 81,51 bilhões, enquanto o café robusta (conilon) deve registrar um aumento ainda mais expressivo de 58,8%, totalizando R$ 34,91 bilhões. Esse desempenho reforça a posição do café como um dos produtos agrícolas de maior valor agregado no Brasil.

“O crescimento dos preços e o aumento da produção são fatores determinantes para essa ascensão, reforçando a importância do setor cafeeiro para a economia nacional”, destacou o MAPA.

Importância econômica e social do café

O Brasil mantém sua posição como o maior produtor e exportador de café do mundo, com 16 estados produtores e um total de 330 mil cafeicultores, dos quais 254 mil são pequenos produtores. A cadeia produtiva do café gera aproximadamente 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos, abrangendo desde a produção nas lavouras até a industrialização e exportação do produto. Além de seu impacto econômico, a cafeicultura desempenha um papel fundamental no desenvolvimento regional, promovendo inclusão social, geração de renda e fortalecimento dos pequenos e médios produtores. Onde a cafeicultura está instalada, o índice de desenvolvimento humano (IDH) é patentemente maior.

O café brasileiro se destaca no mercado internacional pela sua qualidade e sustentabilidade. O país tem investido em certificações e práticas agrícolas sustentáveis para atender às exigências dos principais mercados consumidores, como União Europeia e Estados Unidos. Programas de rastreabilidade, adoção de boas práticas agrícolas e investimentos em pesquisa e inovação garantem a competitividade do café brasileiro no cenário global.

Sustentabilidade

“Antes de comentar sobre outro fator, jamais poderemos deixar de destacar o social, pois o Brasil é único país que tem uma legislação trabalhista, em proteção ao trabalhador e trabalhadora”, destacou Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).

Outro fator essencial para o setor é o avanço da economia verde, com a adoção de práticas sustentáveis, como sistemas agroflorestais, cultivo regenerativo, redução da pegada de carbono e a rastreabilidade. A demanda por cafés certificados, diferenciados e rastreáveis tem impulsionado o valor agregado do produto, beneficiando diretamente os produtores e fortalecendo a imagem do Brasil como líder global no setor cafeeiro.

“O crescimento expressivo do VBP do café é reflexo do trabalho árduo dos produtores, cooperativas e entidades do setor, que têm elevado o profissionalismo da cafeicultura. Além disso, o Funcafé tem sido um pilar fundamental no financiamento da produção, garantindo segurança e previsibilidade para os cafeicultores. O Brasil segue como referência mundial no setor, e esse resultado demonstra a força e a relevância do nosso café para a economia e para o desenvolvimento sustentável do país”, finalizou Silas Brasileiro.

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