Os contratos futuros de café encerram a semana com expectativa de sustentar recuperação técnica na Bolsa de Nova York, depois de recuar cerca de 9% (1.400 pontos), desde o recente pico no fim do mês passado, no segundo vencimento. Os contratos variam com base no dólar, clima nas regiões produtoras brasileiras, entre outros fatores.
O vencimento julho/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 1,5205 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 50 pontos. Na ICE Europe, o vencimento julho/21 do café subiu US$ 4,00, fechando a sessão da última quinta-feira (08) a US$ 1.729 por tonelada.
O dólar comercial subiu ontem (08) pelo oitavo pregão consecutivo. Segundo corretores, a aversão ao risco no exterior e preocupações com agravamento da crise interna que o país vive puxam a moeda norte-americana. No fim do dia, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,29%, a R$ 5,255, maior valor de fechamento desde 26 de maio (R$ 5,313).
Em relação ao clima, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, informou que as geadas atingiram parte do parque cafeeiro paranaense, sobretudo no norte-central. Segundo o departamento, ainda é cedo para calcular os prejuízos e é necessário esperar o desenvolvimento das lavouras após o período de colheita para mensurar melhor o impacto ocorrido nas gemas que vão originar os botões florais para o próximo ano.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica e robusta tiveram alta na quinta-feira (08) no mercado físico. Segundo os pesquisadores, as cotações do arábica foram impulsionadas pelo avanço do dólar e dos futuros em Nova York. Já os preços do robusta, continuam em níveis elevados e o ritmo de negócios está maior. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 837,72 por saca e R$ 524,03 por saca, respectivamente, com variações de -0,30% e 3,47%.