O Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) se reuniu na manhã desta quinta-feira, 18/11, para definir a realocação dos recursos remanescentes na linha de recuperação de cafezais atingidos pela seca e geadas, reservados em R$1,319 bilhão, dos quais não foram contratados R$664.104.400,00. O colegiado analisou várias propostas para redistribuir os valores, que tem como origem o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), e definiu que o saldo remanescente será baseado nos recursos aplicados até agora pelas demais linhas atendidas, ou seja, as mais solicitadas.
O comitê é composto por representantes dos Ministérios da Agricultura, Economia e Relações Exteriores, além do Conselho Nacional do Café (CNC), a Comissão de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Atualmente, as linhas mais demandadas são: capital de giro, comercialização e FAC (Financiamento para Aquisição de Café). Isso se deve ao fato da atual conjuntura econômica mundial, que promove o aumento do custo de produção, devido à alta no preço dos insumos, dificuldades em razão dos problemas de escoamento de produção e elevado preço do café nas bolsas mundiais.
“Acreditamos ter sido aprovada a melhor proposta. O comitê entende a importância de fazer com que os recursos do Funcafé cheguem ao produtor nas linhas de maior demanda. Como esses valores já haviam sido reservados para a recuperação de cafezais, nada melhor que os realocar onde mais farão a diferença”, avalia Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
A mudança proposta pelo comitê técnico do CDPC será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no próximo dia 25/11.