Os contratos futuros de café arábica encerram a semana na Bolsa de Nova York na tentativa de manter os ganhos das últimas duas sessões. O vencimento março/22, o mais negociado, acumula queda na semana de cerca de 2,6% (635 pontos). O cenário é de incertezas com relação à demanda, por causa do avanço da nova variante da Covid-19, a ômicron, que pressiona as cotações, entretanto os contratos futuros seguem firmes na perspectiva de aperto na oferta global de café.
O vencimento dezembro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,3745 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 640 pontos. Na ICE Europe, o vencimento janeiro/22 do café teve alta de US$ 27,00, fechando a sessão dessa quinta-feira (02) a US$ 2.335,00 por tonelada.
O dólar à vista encerrou ontem (02) em baixa de 0,19%, a R$ 5,66. Já no acumulado da semana, houve valorização de 1,15%. Segundo corretores, a moeda norte-americana foi pressionada pela aprovação da PEC dos Precatórios em dois turnos no Senado Federal.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações domésticas do café arábica e do robusta subiram nessa quinta-feira (02). Segundo os pesquisadores, as cotações internas foram motivadas pelos ganhos no mercado internacional para os dois tipos de café, entretanto os agentes brasileiros continuam longe do mercado spot. Com a chegada do fim do ano, a previsão é de que volumes significativos de café voltem a ser negociados somente em 2022. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.439,13 por saca e R$ 830,81 por saca, respectivamente, com variações semanais de -1,24% e 1,22%.