Os contratos futuros de café arábica mostram tendência altista. Até o momento, o vencimento março/22, o mais líquido, acumula valorização de cerca de 16% (3.395 pontos). Após movimento de valorização intensa, os futuros de arábica estão sobrecomprados, podendo sofrer correção negativa. De acordo com corretores, o mercado é perigoso e a volatilidade deve continuar.
O vencimento dezembro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,4630 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal positiva de 1.300 pontos. Na ICE Europe, o vencimento janeiro/22 do café teve alta de US$ 22,00, fechando a sessão dessa quinta-feira (25) a US$ 2.292,00 por tonelada.
O dólar à vista teve a segunda sessão seguida de queda ontem (25) e encerrou com baixa de 0,53%, fechando a R$ 5,565. Segundo corretores, o câmbio se sustentou à valorização dos ativos domésticos, que proporcionou preços atraentes.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações domésticas do café arábica e do robusta tiveram movimentos diferentes ontem (25). Segundo os pesquisadores, as cotações domésticas do arábica foram impulsionadas pela falta de referência externa. Mesmo com a recente alta dos preços, produtores continuam distantes do spot nacional, na expectativa de uma nova valorização do grão. Já os preços domésticos do robusta foram pressionados pela desvalorização do dólar, o que manteve o mercado lento. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.466,92 por saca e R$ 818,64 por saca, respectivamente, com variações semanais de 5,33% e 0,74%. De acordo com os pesquisadores do Cepea, apesar do retorno das chuvas, há relatos de falta de ‘pegamento’ da florada nos cafezais brasileiros.