AE Broadcast Agro – Chuvas têm sido registradas na maior parte das regiões produtoras de café arábica e robusta nas últimas semanas. Ainda que a quebra de safra seja certa para 2021/22 – agentes consultados pelo Cepea acreditam em produção pouco acima de 50 milhões de sacas –, as precipitações têm favorecido o enchimento dos grãos, o que pode permitir, ao menos, cafés com boa peneira nesta próxima temporada. Além disso, o clima vem ajudando na recuperação fisiológica das plantas, que foram muito debilitadas em 2020, trazendo melhores perspectivas para a produção em 2022/23.
Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre 1º e 14 de março, as regiões com maiores volumes de chuvas foram as do robusta, com 171,8 mm registrados em Cacoal (RO) e 158,6 mm em Linhares (ES). Em São Paulo e no Noroeste do Paraná, os volumes também foram significativos, com 127,8 mm em Marília (praça de Garça – SP), 124,2 mm em Franca (Mogiana – SP) e 117,4 mm em Londrina (PR).
Nas regiões mineiras, as precipitações foram menos volumosas, mas ainda satisfatórias na maior parte das lavouras. Em Patos de Minas (Cerrado Mineiro), foram registrados 78 mm entre 1º e 14 de março. Em Caparaó (Zona da Mata), choveu 71,8 mm. Já em Varginha (Sul de Minas), as precipitações acumularam 51,2 mm no período. Vale apontar que, no sul mineiro, as chuvas têm sido irregulares, com algumas lavouras registrando bons volumes e outras, abaixo do esperado, conforme indicações de agentes.
Trecho da análise do mercado cafeeiro elaborada pela Equipe Café CEPEA/ESALQ, publicado pelo Broadcast Agro da Agência Estado.
Equipe: Dra. Margarete Boteon, Laleska Moda, Renato Garcia Ribeiro e Fernanda Geraldini.