A Organização Internacional do Café (OIC) tem como um dos seus objetivos preservar a relação equilibrada entre oferta e demanda, buscando analisar estrategicamente a abertura de novas áreas de produção. Porém, sem mudança no comportamento de consumo, a experiência dos representantes do setor, a exemplo do Conselho Nacional do Café (CNC), mostra que o desequilíbrio entre essa equação traz comprometimento da renda do produtor.
Recentemente, um governador brasileiro esteve visitando a OIC, quando consultou ao Diretor Executivo da organização, José Sette, a possibilidade de liberar recursos para o cultivo do café no estado, na busca, inclusive, de investidores.
Talvez pela falta de conhecimento ele não saiba que a OIC não dispõe de recursos para cultivo ou comercialização de café e que a representação do Brasil se faz através das entidades que compõem o Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC).
É importante destacar que na visão do CNC devemos trabalhar num projeto de renovação do parque cafeeiro com melhor aproveitamento da terra, usando espaços e variedades mais produtivas, resistentes a pragas e doenças, e com olhar voltado às mudanças climáticas.
O CNC proporá, no seu plano estratégico de 2022, um levantamento da área cultivada em espaços inadequados e lavouras velhas, pouco produtivas. Assim, será proposto um projeto especial para pequenos produtores, a nível nacional. Com isso, teremos diminuição de custo de produção, aumento da produtividade, mais qualidade do café e melhor renda para os nossos produtores.