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CNC avalia: cultivo de novas áreas de café não é a melhor solução para possível desabastecimento

É curioso tantos comentários em relação a safra de café colhida em 2021 e a que será colhida em 2022. Os comentários fundamentam-se em duas vertentes:  ressaltam uma safra pequena em 2021 e outra indefinida para 2022. Assim, alguns analistas sugerem como solução o aumento de novas áreas para cultivo de café.

O que causa estranheza é que com 1,81 milhão ha em produção e 391,56 mil ha em formação, teremos cerca de 2,2 milhões ha de área total com cafezais que, sendo assim, em condições normais de clima, pela média de produtividade, a safra 2021/2022 chegaria a uma produção de 71,5 milhões sacas colhidas.

Não é por demais afirmar que temos área cultivada suficiente para abastecimento do mercado interno e para a exportação. Contudo, o que nos assusta é que o mercado não reage a realidade para estimular os produtores a continuarem na sua atividade. Historicamente, o preço alto faz com que a produção mundial de café cresça, mas infelizmente, depois de subidas temos grandes quedas de preços internacionais, pelo excesso de oferta.

Hoje, com os custos elevados dos insumos para manutenção das lavouras, salários e encargos, vivemos o dia a dia de um mercado altamente especulativo com uma oscilação de preços baixos que não cobrirão os custos de produção. Se temos na história do café 44,7 milhões de sacas exportadas, o melhor volume já registrado, e o consumo de 21 milhões de sacas, significa que a nossa avaliação está correta e, em condições normais de clima, podemos elevar ainda mais a nossa produtividade com a área já cultivada.    

Por isso, temos que ter cautela em relação aos estímulos de preços praticados hoje, os quais, em condições normais, dariam resultados positivos para os produtores. No entanto, aqui fica a interrogação: como será nosso futuro se as adversidades climáticas continuarem, ou ainda, se mantiverem dentro da normalidade? Assim, no caso de condições adversas, seria vantajosa a expansão da área.

Em nossa visão, devemos esperar que o mercado compreenda que basta remunerar de forma justa para que os produtores produzam o suficiente para o abastecimento.

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