O Conselho Nacional do Café (CNC) inicia o ano de 2023 reafirmando a importância da representação no Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) constituído por representantes da produção, das indústrias do café torrado e moído, do solúvel e da exportação. O CNC representa 330 mil produtores, sendo 78% de pequenos cafeicultores, que são assistidos por 94 cooperativas espalhadas nos 16 estados que produzem café no Brasil, estando presentes em 1983 municípios.
Estas cooperativas apoiam incansavelmente a cafeicultura com a oferta de insumos, armazenagem, assistência técnica, preparo do café para exportação, atua fortemente na modalidade barter (troca de café por produtos), dando a oportunidade ao produtor de adquirir insumos, máquinas e implementos com prazo de 5 anos para entrega do volume de café contratado. Além disso, na gama de serviços cooperativos oferecidos está a venda direta, com grande apoio no processo da entrega dos cafés exportados.
O CNC trabalhou incessantemente nos últimos dias para a manutenção da equipe do Departamento do Café no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que é vinculado ao Departamento de Comercialização e Abastecimento da pasta. “A equipe que lá trabalha é extremamente competente e estamos atuando para que que não haja nenhum problema de sequência dentro das aplicações que são feitas, principalmente com relação às deliberações do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC)”, explicou Silas Brasileiro, presidente do CNC. Ainda, atuou de forma intransigente na preservação do Funcafé que é o “Banco do Produtor” e para o qual não há nenhuma realimentação do Tesouro Nacional, portanto sem ônus para o governo.
Valores do Funcafé são realocados
No dia 21 de dezembro de 2022, em reunião com os representantes do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), foi aprovada a realocação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) de R$ 93,2 milhões devolvidos pelos agentes financeiros e que não foram aplicados.
A distribuição dos recursos foi feita considerando a demanda de outros bancos e cooperativas de crédito interessados. Foram alocados R$ 39 milhões para a linha de financiamento para Comercialização, R$ 40,3 milhões para Aquisição de Café – FAC e R$ 13,9 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados, conforme solicitação dos produtores.
Dentro de todas as linhas, a preocupação do CNC foi alocar recursos atendendo à demanda dos elos da cadeia cafeeira, que são fundamentais para a cafeicultura nacional e a balança comercial do país. No entanto, o foco sempre será o produtor.
Por exemplo, a liberação de recursos para aquisição de café (FAC) contribui para o escoamento de café das mãos de produtores para cooperativas e indústrias. A linha de comercialização oportuniza ao produtor poder garantir a venda no momento de melhor cotação, já que o café neste momento, se encontra com preços baixos.
Com relação aos cafezais danificados pelas chuvas de granizo dos últimos meses, a deliberação aprovada foi a extensão dos prazos de contratação de junho de 2022, já vencida, para junho de 2023.
Para o presidente Silas Brasileiro, a força do CNC, braço operacional da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tem como base suas cooperativas associadas e o benefício direto para os produtores de café, que contam com todos os elos da cadeia representados no CDPC – exportação, indústria de torrado e moído e solúvel, cuja convergência reflete também no consumidor final.
Pesquisa e tecnologia
Outro trabalho que não cessa é o fomento à pesquisa e à tecnologia. O Conselho Nacional do Café luta diariamente para que haja maiores investimentos dos recursos do Funcafé sem contingenciamento para o avanço do desenvolvimento de variedades mais produtivas, produção mais precoce e resistentes a pragas e doenças e às condições climáticas adversas, sendo responsáveis uma cafeicultura mais sustentável.
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