BALANÇO SEMANAL — 11 a 15/01/2021
CNC: Funcafé repassou R$ 3,7 bi a agentes em 2020
Volume disponibilizado equivale a 69% do total de R$ 5,3 bilhões contratados pelas instituições junto ao Fundo até o momento
O Conselho Nacional do Café (CNC) apurou, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros, na safra 2020/21, fechou o ano passado em R$ 3,666 bilhões até 31 de dezembro.
Considerando que o montante contratado pelas instituições, no ciclo atual, soma R$ 5,318 bilhões até o momento, o volume liberado representa 68,93%. É válido recordar que, para a temporada cafeeira 2020/21, o Funcafé disponibiliza um total de R$ 5,710 bilhões.
Do volume repassado, R$ 1,432 bilhão foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 64,8% do disponibilizado para esta linha; R$ 1,210 bilhão para Custeio (75,6%); R$ 547,9 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (49,3%); e R$ 475,9 milhões para Capital de Giro (75,5%).
CONTRATOS ASSINADOS
Ontem (14), o Mapa assinou um contrato com o Citibank, credenciando a instituição a operar os recursos do Funcafé na safra corrente. Conforme apuração do CNC, com a assinatura de mais esse contrato, o volume do Fundo disponibilizado a 31 agentes financeiros chega a R$ 5,318 bilhões, ou 93,1% do total de R$ 5,710 bi. A contratação do volume restante (R$ 392,5 milhões) depende da apresentação de demanda por parte do Santander, que tomou parcialmente seus recursos.
SAFRAS 2020 E 2021
Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou sua estimativa para a safra 2020 de café no Brasil, apontada pelo órgão em 61,7 milhões de sacas de 60 kg.
A produção de café arábica do Espírito Santo — maior produtor nacional de conilon — teve o crescimento mais expressivo para essa variedade, de 49,1% frente a 2019, saltando para 3,761 mi de sacas.
“Apesar do destaque em termos percentuais, o volume de arábica capixaba ainda é baixo no universo total de 48,3 mi de sacas da variedade produzidos em 2020. Entretanto, é válido enaltecer que o produto do Estado é dotado de altíssima qualidade”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.
Segundo ele, a entidade segue no aguardo do anúncio do primeiro levantamento da safra 2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), previsto para a próxima quinta-feira, 21 de janeiro (confira aqui).
“Com base nos números da estatal, poderemos ter uma avaliação quantitativa das perdas que ocorrerão devido ao impacto da estiagem e das altas temperaturas no cinturão produtor entre agosto e outubro de 2020, o que servirá de base para o desenho e a implementação de políticas necessárias para a proteção da renda dos cafeicultores”, comenta.
Brasileiro pontua que o CNC pretende, àqueles produtores que sofrerem perdas significativas na safra 2021/22 em função das adversidades climáticas, apresentar, tempestivamente, as melhores propostas que viabilizem a recuperação de seus cafezais e a continuidade, de forma rentável, na atividade.
“O primeiro passo que demos nesse sentido foi o apoio ao pleito apresentado pelo presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, para a elevação do volume de recursos à linha de financiamento de Recuperação de Cafezais do Funcafé, que foi aprovado no final de 2020”, completa.
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