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CNC participa de Jornada de Café Carbono Neutro e elogia alto nível do evento

A equipe técnica do Conselho Nacional do Café (CNC) esteve presente na “1ª jornada: o mercado e o café carbono neutro”. O evento foi realizado em Monte Carmelo (MG), nos dias 29 e 30 de novembro e trata-se de uma iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Monte Carmelo (MonteCCer), do Sebrae e da Imaflora. O evento contou com a intercooperação das cooperativas Expocaccer, Carmocer, Carpec e Coocacer Araguari, com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Fundaccer (Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro) e do CNC. Os patrocinadores do evento foram NetZero, Siccob Montecredi, DutchBros, Volcafe, Cafebras, COFCO INTL e Syngenta.

Representaram o CNC, a assessora técnica Natalia Carr, o assessor administrativo Juraci dos Santos e o assessor do Programa Café Produtor de Água, Devanir Garcia.

A 1ª Jornada foi uma imersão no mundo do agronegócio, falou das tendências para 2023, analisou o mercado de carbono e destacou as boas práticas agrícolas. O presidente da MonteCCer, Francisco Sérgio de Assis, realizou a abertura destacando a importância de “entendermos sobre o que é o mercado de carbono e, principalmente, como adquirimos valor com esse novo mercado. Devido à importância do assunto e o aumento da exigência em relação à sustentabilidade na produção, precisamos estar munidos de conhecimento e alinhados para que possamos mostrar ao mundo a nossa produção sustentável que sequestra carbono e que estamos preparados para entrar nesse novo mercado”.

Outro ponto muito destacado, durante todo o evento, foi em relação ao período de transição para uma agricultura mais verde, ou seja, sustentável. “Sabemos que o Brasil é o país com maior potencial no mercado de carbono no mundo, dada a nossa capacidade de ir muito além do estimado em redução de emissões. Todavia, é necessário que o mercado interno e externo entenda que precisamos de um período de transição segura para um novo modelo de agricultura. Mudanças drásticas e sem base cientifica são medidas fadadas ao fracasso. O resultado certamente será a geração de impacto negativo para os agricultores em suas atividades, podendo levar a queda repentina de produção, da qualidade do produto e, em consequência, da renda do produtor e de todos os trabalhadores do setor, seguido por insegurança alimentar e aumento de preço nas prateleiras”, analisou Natalia Carr, assessora do CNC.

Água, bem precioso

Para tratar sobre o tema água, os organizadores convidaram o Consultor Técnico Devanir Garcia que trabalha no Projeto Café Produtor de Água, criado pelo Conselho Nacional do Café. Ele falou sobre a importância do uso da água, de como a água é produzida nas lavouras e entregue nos centros urbanos. Ressaltou o cuidado que os produtores devem ter com as cabeceiras e as nascentes dos rios. O palestrante utilizou uma analogia muito interessante destacando que devemos cuidar da caixa d’água (cabeceira), além da torneira (nascentes), ressaltou que nosso código florestal, nos induz ao erro ao falar somente da proteção das matas ciliares as nascentes.

Devanir ressaltou a importância de olharmos a paisagem como um todo, entendermos e traçarmos estratégias para conservarmos o solo dentro da propriedade. O palestrante ressaltou também medidas de preservação da água nas cidades e dentro das casas, medidas que podem e devem ser adotadas por todos como a reutilização para atividades menos nobres (que não sejam para alimento e banho). Por fim, apresentou brevemente o programa Café Produtor de Água, como uma iniciativa do Conselho para responder a preocupação do mercado consumidor para preservação dos mananciais do Brasil.

Silas Brasileiro, presidente do CNC elogiou a organização do evento, pelo nível técnico das palestrantes e aprofundamento das discussões. “O evento foi rico em palestras profundas, com muito conteúdo, um verdadeiro sucesso. O encontrou mostrou o quanto o setor cafeeiro está atento e engajado para ser melhor a cada dia. Nosso Programa Café Produtor de Água vai ao encontro com a marca do novo governo (Agenda Verde) e está alinhado com as necessidades das empresas, pois busca por projetos sustentáveis para investimento e associação com a marca. E claro, para ter um café de excelente qualidade, sustentável e que gere renda ao produtor. Parabenizamos nessa oportunidade o trabalho comprometido e dedicado de toda a equipe da MonteCCer em nome do Presidente Francisco Sérgio de Assis e do Superintendente Régis Damásio”, finalizou Silas Brasileiro.

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