A primeira estimativa para a safra de café em 2023 aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas. A expectativa neste primeiro levantamento é de 37,43 milhões de sacas de café arábica beneficiado, sendo 14,4% superior ao volume obtido em 2022. Quanto ao conilon, espera-se uma produção de 17,51 milhões de sacas de café beneficiado, 3,8% menor que o volume nacional obtido na safra passada. As informações são do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (19).
A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação. “Vale destacar que, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, que só entrarão em produção nos próximos anos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. “Nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representado pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira no país”.
Números coerentes
Em setembro de 2022, o Conselho Nacional do Café (CNC) publicou um artigo intitulado “O momento delicado da cafeicultura brasileira”. No texto, a instituição deixou clara a coerência dos números apresentados pela Conab e ressaltou a importância da companhia no levantamento das safras nacionais. “Não é de hoje que as previsões da Conab vêm se aproximando dos números realizados. Todos os anos há uma enorme quantidade de empresas que apresentam ‘super safras’, que elevam em muito o número de cafés a serem colhidos. No entanto, muitas vezes o intuito é especular o mercado. Anteriormente, falamos que a produção deveria ficar entre 55 e 54 milhões de sacas produzidas, sendo exatamente os números apresentados pela companhia”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.
O Conselho reitera também que seu papel é acompanhar as ações que impactam a cafeicultura e prestar informações que poderão ser úteis num processo de decisão das cooperativas, associações e produtores. “Comentamos sempre que o CNC não atua no mercado, mas trabalhamos para que não haja aviltamento exagerado e especulativo de preços. Portanto, novamente queremos parabenizar os técnicos, assessores e colaboradores da Conab, que fazem um trabalho muito sério sob o comando do presidente Guilherme Ribeiro. Aproveitamos para dizer que o presidente teve uma gestão extraordinária frente à companhia, poucas vezes vista na Conab”, elogiou Silas Brasileiro.
Clique aqui e veja o levantamento completo realizado pela Conab.
Com informações da Conab
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