O mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) deve encerrar a semana com correção técnica, após alta significativa nos últimos dias. As commodities continuam influenciadas pelo ambiente externo, ainda incerto sobre a evolução da economia global. Apesar disso, o café apresenta fundamentos altistas em razão da expectativa de baixa oferta brasileira, em razão da seca prolongada e das geadas do ano passado, além da redução dos estoques em países consumidores.
A desvalorização do vencimento mais líquido, set/2022, foi de 1,05% (230 pontos) fechando o dia de ontem (21/07) a 215,85 centavos de dólar por libra-peso, representando uma queda semanal de 1605 pontos. O café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) fechou a quinta-feira (21) com alta semanal de US$ 64,00 a US$ 1.987,00 por tonelada.
O dólar à vista subiu ontem (21). A moeda fechou cotada a R$ 5,4962, acumulando 4,99% no mês de julho. Na semana houve valorização de 1,70%.
O Instituto Nacional de Meteorologia informou ao Conselho Nacional do Café (CNC) que o risco de frio ou geada nos cafés para o resto do inverno é quase nulo. Segundo o meteorologista, Francisco de Assis Diniz, até a primeira semana de agosto as temperaturas permanecem normais com frio somente na região sul, sendo levado pelos ventos para o Oceano. Quanto às chuvas, a previsão é de que haja bom volume no café de Mogiana e Sul de Minas já no início de agosto.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas do café arábica e robusta subiram ontem (21), principalmente em virtude da valorização do dólar ante o real. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.337,55 por saca e R$ 721,39 por saca, com variação semanal positiva de 7,75% e 1,35%, respectivamente.