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Coronavírus e produção do Brasil pressionaram preços do café em fevereiro, aponta OIC

Notícias – Café na Mídia

Por Célia Froufe, correspondente

O indicador composto de preços da Organização Internacional do Café (OIC) voltou a cair em fevereiro, para uma média de 102 centavos de dólar por libra-peso, uma redução de 4,6% na comparação com o mês anterior. De acordo com o relatório mensal da entidade divulgado há pouco, o preço diário do composto da OIC obteve a mínima de 97,73 centavos de dólar por libra-peso no dia 4 e a máxima de 106,34 centavos de dólar por libra-peso em 28 de fevereiro.

“Temores sobre o efeito que o Covid-19 pode ter sobre a demanda, principalmente para consumo fora de casa, e as amplas ofertas para o restante do ano, dado que a safra 2020/21 do Brasil está no ano de sua produção bienal de arábica, exerceram pressão descendente no mercado”, avaliou a instituição que tem sede em Londres, citando suas expectativas para os impactos para a disseminação do coronavírus pelo mundo. “Embora exista café suficiente para atender aos níveis de demanda existentes, cresce a preocupação com a disponibilidade imediata de arábica de qualidade”, acrescentou.

De acordo com a OIC, houve uma tendência de queda semelhante nos preços de todos os indicadores do grupo em fevereiro, embora a tendência tenha sido relativamente mais acentuada no caso dos Naturais Brasileiros. Neste segmento, a baixa do preço foi de 7,3%, para 102,62 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o de Outros Suaves caiu 4,7%, para 135,5 centavos de dólar por libra-peso e o de Suaves da Colômbia, 0,7%, para 146,43 centavos de dólar por libra-peso. “Como resultado, o diferencial entre os suaves colombianos e outros suaves aumentou em fevereiro, mais do que dobrando para 10,93 centavos de dólar por libra-peso”, comparou a Organização.

Já os preços dos Robustas diminuíram 3,5% em fevereiro em relação ao mês anterior, para 68,07 centavos de dólar por libra-peso. O mercado futuro de arábica de Nova York cedeu 8,9%, para uma média de 106,69 centavos de dólar por libra-peso em fevereiro, enquanto o mercado futuro de Londres Robusta declinou 3,3%, para 59,02 centavos de dólar por libra-peso. “Como resultado, o spread entre os cafés Arábica e Robusta, medido nos mercados futuros de Nova York e Londres, caiu para 47,67 centavos de dólar por libra-peso, a segunda redução mensal consecutiva”, observou a entidade no relatório.

Estoque – Os estoques de Arábica certificada diminuíram 0,5% em janeiro em relação ao mês anterior, para 2,47 milhões de sacas, enquanto os de Robusta aumentaram 4,6%, para 2,57 milhões de sacas. A volatilidade do indicador composto da OIC diminuiu 2,8 pontos percentuais, para 7,8% nos últimos 12 meses. No geral, a volatilidade de todos os indicadores caiu em fevereiro. Entre os indicadores do grupo Arábica, o de Naturais Brasileiros caiu 3,3 pontos percentuais, para 10,5%, o Outros Suaves recuou 3,1 pontos percentuais, para 8%, e o de Suaves da Colômbia, 2,2 pontos percentuais, para 8,5%. No caso dos Robustas, a volatilidade dos indicadores do grupo foi de 6,8%, uma queda de 1,3 ponto percentual em relação a janeiro.

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