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Futuros do café avançam com fraqueza do dólar e movimento técnico

Os contratos futuros do café subiram nos mercados internacionais nesta semana, recebendo impulso da fraqueza do dólar e de fatores técnicos, após o suporte de US$ 1,205 por libra-peso ter sido mantido diante de várias tentativas de rompimento.

Na Bolsa de NY, o vencimento mai/21 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,2785 por lb-peso, acumulando ganhos de 625 pontos na semana. Na ICE Europe, o vencimento mai/21 do café robusta subiu US$ 20 no intervalo, fechando a US$ 1.345 por tonelada.

Em uma cesta com 34 moedas, ontem o real foi a que mais se valorizou frente ao dólar. A divisa norte-americana teve baixa generalizada no mercado internacional, após declarações do Federal Reserve e do Banco Central Europeu de que estímulos extraordinários não têm data para acabar e da divulgação de uma inesperada alta nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. O dólar fechou a R$ 5,574 – menor nível desde 23 de março -, com recuo semanal de 2,5%.

Com relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o fim de semana será de tempo seco no cinturão produtor de café do Brasil, com temperaturas amenas pela manhã, mas se elevando no período da tarde.

O serviço relata que o aumento das temperaturas reduzirá a umidade relativa, que podem chegar a níveis abaixo dos 30% em boa parte da Região Sudeste.

A partir da próxima segunda-feira, a passagem de uma frente fria volta a trazer chuva, sem grandes acumulados, para o Rio de Janeiro e à faixa leste de São Paulo.

No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) comenta que, após terem atingido recordes nominais no final de fevereiro, os preços do café arábica atravessaram o mês de março e começam abril registrando fortes oscilações, mas, ainda assim, a saca de 60 kg da variedade continua negociada acima dos R$ 700, patamar que se mantém desde 22 de fevereiro deste ano.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 722,75/saca e R$ 444,51/saca, respectivamente com altas de 2,2% e 1,2%.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, diante da forte oscilação que vem sendo observada nos preços, a maior parte dos compradores e dos vendedores está afastada do mercado no momento, o que mantém baixa a liquidez interna. Eles recordam, ainda, que o menor percentual de café remanescente da safra 2020/21 e a quebra da produção em 2021/22 reforçam a retração dos agentes.

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