Mais uma semana de volatilidade significativa na Bolsa de Nova York no encerramento do mercado futuro de café arábica (ICE Futures US). Os contratos, com vencimento em maio/22, o mais líquido, chegaram a marcar máxima de 228,65 centavos de dólar por libra-peso, na quarta-feira (23). A mínima foi de 219,75 cents, na segunda (21), uma variação de 890 pontos.
Os futuros de arábica oscilam com a atuação de fundos de investimento e especuladores de curto prazo, com base em indicadores gráficos. O vencimento maio/22, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,2185 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal positiva de 155 pontos. Na ICE Europe, o vencimento março/22 do café teve queda de US$ 69,00, fechando a sessão de ontem (24) a US$ 2.226,00 por tonelada.
Na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), os contratos futuros de café robusta tiveram queda menos expressiva, pois já haviam recuado no dia anterior. O vencimento maio/22, o mais negociado, caiu ontem (24) 0,14% (3 dólares), a 2.136 dólares/tonelada. Hoje (25) é o último dia de negociação do contrato com vencimento em março/22 em Londres. O fundamento de aperto na oferta global de café, principalmente pela frustração de safra no Brasil, deve continuar a sustentar os preços.
A queda firme do dólar continua a dificultar a exportação de café, entre outras commodities. Ontem (24) a moeda norte-americana caiu pelo sétimo pregão consecutivo. O dólar à vista fechou a R$ 4,8320, em baixa de 0,25%, o que levou as perdas acumuladas em março a 6,28%. Segundo corretores, relatos de fluxo estrangeiro para ativos domésticos e uma nova rodada de valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities sustentam a alta do real.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas do café arábica e do robusta caíram ontem (24). Segundo os pesquisadores, os preços internos do arábica foram pressionados pela desvalorização dos futuros em Nova York e pela queda do dólar. Já os preços do robusta também recuaram, mantendo agentes afastados do spot nacional. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.259,80 por saca e R$ 764,74 por saca com variações semanais de -1,43% e -0,65% respectivamente.
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