Os contratos futuros de café arábica com vencimento dezembro/21, o mais negociado, encerram o mês de setembro, na Bolsa de Nova York, com desvalorização de cerca de 0,8% (165 pontos). Porém, desde o início do ano, o contrato acumula alta de cerca de 45% e 65% nos últimos 12 meses. A menor oferta global em relação à demanda impulsiona as cotações do arábica.
O mercado está de olho nas condições climáticas. Segundo informou o banco holandês Rabobank, o mercado climático manteve as cotações do café sustentadas em setembro, mas os primeiros sinais de mudança já começam a aparecer.
O dólar à vista teve alta de 0,29% na última quinta-feira do mês (30) e fechou a R$ 5,446. Foi o sétimo pregão seguido de ganhos da moeda norte-americana, que encerrou setembro com valorização de 5,30%. Segundo corretores, temores relacionados à política fiscal puxaram o dólar, que só cedeu depois de intervenção do Banco Central, a primeira desde 8 de julho, quando o dólar chegou a R$ 5,30.
O vencimento dezembro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 1,9400 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 35 pontos. Na ICE Europe, o vencimento novembro/21 do café teve queda de US$ 45,00, fechando a sessão dessa quinta-feira (30) a US$ 2.126 por tonelada.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica e do robusta registraram alta ontem (30). Segundo os pesquisadores, os preços do arábica foram impulsionados pelas altas dos contratos futuros e do dólar. As cotações do robusta também foram impulsionadas pelos preços externos e pelo câmbio. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.136,94 por saca e R$ 825,86 por saca, respectivamente, com variações semanal de 2,28% e 1,72%.