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Mercado de café sobe devido a incertezas causadas pela geada

Os contratos futuros de café encerram a semana nos níveis mais altos em cerca de seis anos e meio. As geadas do início desta semana, principalmente na madrugada de terça (20) e quarta-feira (21), foram mais severas do que as geadas de 1986 e 1999 que atingiram várias áreas produtoras brasileiras. Porém, ainda é cedo para avaliar os prejuízos, mas as conversas e especulações sobre perdas nas lavouras têm agitado o mercado e potencializado as cotações.

O vencimento setembro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 1,9365 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal positiva de 3.245 pontos. Na ICE Europe, o vencimento julho/21 do café subiu US$ 149,00, fechando a sessão da última quinta-feira (22) a US$ 1.908 por tonelada.

O dólar comercial avançou em relação ao real depois de duas sessões seguidas de perdas, impulsionado pelo ambiente externo menos propício ao risco. Com máxima de R$ 5,224, o dólar à vista encerrou a sessão de ontem (22) negociado a R$ 5,213, avanço de 0,41%. Com isso, a moeda americana acumula valorização de 1,74% na semana e de 4,82% em julho.

No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica e robusta tiveram mais uma forte alta nessa quinta-feira (22). Segundo os pesquisadores, as cotações do arábica foram impulsionadas pelos possíveis impactos das geadas no país. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.028,35 por saca e R$ 565,84 por saca, respectivamente, com variações de 17,47% e 6,02%.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, reuniu-se ontem (22) com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, em Brasília (DF), para tratar das geadas nas regiões produtoras de café. A ministra discutiu com Brasileiro sugestões de como tratar a atual situação. Nesta sexta-feira (23), o presidente do CNC acompanhou a ministra ao sul de Minas, onde a comitiva sobrevoou áreas atingidas pelo fenômeno e, posteriormente, se reuniram com produtores na cidade de Alfenas/MG.

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