Em uma reunião informal ocorrida nesta quarta-feira, dia 20, o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (SPA/MAPA), Neri Geller, juntamente com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, o Diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário (Defin/MAPA), Wilson Vaz de Araújo, o Diretor do Departamento de Comercialização, José Maria dos Anjos, e a Coordenadora Geral do Café, Janaína Macedo, discutiram questões pertinentes acerca da produção de café no Brasil.
O encontro, que ocorreu sem uma agenda formal pré-determinada, teve como principal objetivo abordar ações em prol da cadeia produtiva do café como um todo. Dentre os temas discutidos, destacou-se a preocupação em relação ao Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), especialmente no que diz respeito às exigências para a exportação de café brasileiro, utilizando as diversas plataformas que estão sendo desenvolvidas.
A plataforma Agro Brasil + Sustentável, em fase de desenvolvimento pelo governo, por recomendação do Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, conduzida pela Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/MAPA), Renata Bueno Miranda, busca garantir o fluxo normal de exportações, ao mesmo tempo em que reconhece a importância da sustentabilidade na produção agrícola brasileira. No entanto, há preocupações quanto às exigências impostas por mercados externos que desconhecem as práticas sustentáveis já adotadas pelos produtores brasileiros.
Neste contexto, o Ministro da Agricultura, o Secretário da SPA e suas equipes ressaltaram a importância da união das representações do setor para evidenciar ao mundo a capacidade produtiva do Brasil e a relevância de se valorizar a produção de alimentos de qualidade. Reconhecer o papel fundamental do país na oferta de alimentos é fundamental para garantir um abastecimento interno e mundial adequado, visando a erradicação da fome.
O Brasil, enquanto importante produtor de café, proteínas, frutas e outros produtos agrícolas, já está alinhado com os princípios básicos de sustentabilidade social e ambiental. No entanto, muitas vezes, esses esforços não são devidamente reconhecidos pelos consumidores, refletindo-se em preços que não valorizam adequadamente a produção sustentável.
A busca por práticas que beneficiem os produtores é uma preocupação constante das representações do setor, que enfrentam uma variedade de exigências muitas vezes baseadas em falta de conhecimento sobre a realidade da produção agrícola brasileira.
Além disso, é importante destacar a necessidade de avançar para uma renda digna e próspera para os produtores, em vez de se contentar com a renda mínima. Isso não só melhora o abastecimento interno e mundial de alimentos de qualidade, mas também está alinhado com o compromisso do Brasil em eliminar a fome, sendo um país comprometido com a produção sustentável e volumosa de alimentos.
Dessa forma, a busca por práticas que valorizem os produtores nacionais e reconheçam sua contribuição para a segurança alimentar global permanece como uma prioridade constante para o Ministério da Agricultura e suas representações do setor cafeicultor, a exemplo do CNC.
“Hoje tivemos uma videoconferência com representantes da Associação dos Cafeicultores do Estado de Mato Grosso, com a participação do Presidente Executivo do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro. Discutimos políticas agrícolas voltadas para a cadeia produtiva do café, visando fortalecer esse setor tão importante para a economia brasileira”. Neri Geller.
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