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Semana de grandes conquistas para a cafeicultura brasileira

A semana da cafeicultura brasileira foi marcada pela assinatura do protocolo de intenções pela adoção de boas práticas trabalhistas e condições de trabalho decente na cafeicultura no estado de Minas Gerais. O ato foi destaque na imprensa nacional e demonstra que com a união do setor é possível dar tranquilidade aos produtores rurais e oferecer aos trabalhadores e trabalhadoras melhor qualidade de vida.

Ao mesmo tempo, o acordo traz uma enorme projeção internacional ao mostrar que o Brasil se preocupa com as condições de trabalho na área rural, independentemente se na modalidade perene ou temporária. Isso prova que o café brasileiro atende todos os princípios de sustentabilidade tão cobrados mundo afora.

Nas auditorias fiscais do trabalho as autuações que são realizadas, em sua grande maioria, se deve ao fato da dificuldade de formalização do contrato temporário. O cafeicultor sempre procurou registrar o trabalhador safrista, no entanto, o mesmo não queria autorizar o registro com receio de ter seu benefício social, ou seja, o Bolsa Família cancelado, o que provocava o fantasma de não ter mão-de-obra para a colheita.

Agora, com o protocolo assinado ficou claro que ao término da relação de trabalho, basta o empregador e o contratado se dirigirem ao CRAS do município para comunicarem a baixa do registro e, imediatamente, ser realizada sua readimissão no programa.

Isso projeta ainda mais para o mercado comprador e consumidor, a responsabilidade com a qual o café brasileiro é produzido, com grande respeito aos direitos sociais e trabalhistas.

Desmatamento em foco

O Conselho Nacional do Café (CNC) está intensificando o trabalho em defesa da produção brasileira com relação à pauta desmatamento. A legislação da União Europeia está sendo agora discutida em todo o país, mas desde o início da tramitação do projeto o CNC tem se posicionado. Mostramos em diversas oportunidades que para se aumentar o volume de produção de café no Brasil não necessitamos de promover arranquio de uma árvore sequer.

Continuaremos levando ao exterior a imagem positiva de nosso café. Exemplo disso, foi o lançamento da Cartilha “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agropecuária: Água de Chuva”. Uma parceria entre a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), o Conselho Nacional do Café e o Pacto Global Rede Brasil.

Para incentivar a implementação de boas práticas nas propriedades rurais, a cartilha virtual, disponibilizada gratuitamente através do site da empresa, que compila uma série de técnicas sustentáveis. “Aproveitamos essa data de celebração para consolidar as práticas que já são adotadas pela Emater-MG junto ao setor agropecuário, mostrando a relevância dessas práticas, aliadas a um trabalho de conscientização e educativo”, comenta o diretor-presidente da empresa pública, Otávio Maia.

O acordo de cooperação técnica entre Emater-MG e CNC já promoveu a produção de várias cartilhas orientativas. Esta nova publicação terá versões em inglês e espanhol, e será levada ao exterior para divulgação das boas práticas adotadas no Brasil. Agradecemos o presidente Otávio Maia, que tem sido um grande parceiro da cafeicultura nacional. Além dele, destacamos o papel fundamental do Diretor Técnico da Emater-MG, Gelson Soares Lemes, do Diretor Administrativo e Financeiro, Cláudio Augusto Bortolini, do Coordenador Técnico, Bernardino Cangussu e do assessor da presidência, Vicente Gamarano.


Estimativas de safra

Finalizando a curta semana devido ao feriado nacional de Corpus Christi, temos que voltar a um tema recorrente. Nesta terça-feira (6), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra 2023/24 de café em 66,4 milhões de sacas, sendo 44,7 milhões (arábica) e 21,7 milhões (conilon).

Até que a safra seja concluída teremos muitas matérias nesse sentido. Temos a convicção que os números estimados pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) sejam os corretos, que apontam uma safra de 54,74 milhões de sacas.

No entanto, temos que considerar que um mercado especulativo é conveniente para o comprador, já que elevar os volumes de café a serem colhidos, forçam os preços para baixo.

O CNC reafirma que há confiança plena de que os números corretos são os apresentados pela CONAB, que tem acertado ano após ano as previsões. Alertamos também para o fato de que os estoques estão em níveis muito baixos, mas são suficientes para o abastecimento do mercado. Entretanto, reiteramos que teremos o menor estoque de passagem já registrado, que apesar de não ter ainda sido divulgado, mas é uma realidade constatada.

Além do mais, segundo os números da Organização Internacional do Café (OIC), o mercado global de café terá déficit recorde de 7,3 milhões de sacas em 2022/2023. Cremos que o cenário é positivo para a cafeicultura brasileira.

Fotos: Alexandre Soares/Emater-MG

Com informações da Ascom Emater-MG
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