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Quebra de safra e renegociação de contratos podem estremecer relações comerciais

As commodities integram um ambiente especulativo e volátil, no qual bolsas de valores ditam preços e influenciam o valor do café tanto no mercado físico quanto no futuro. A natureza da atividade agrária pressupõe oscilações de preço. Entretanto, alguns movimentos interferem diretamente nas negociações, como a relação do câmbio, preço nas bolsas de valores, clima, volume de exportações e previsões de safra.  Este ano, o clima seco e a escassez de chuva impactou na produção. Tornando difícil para alguns produtores cumprirem os contratos firmados devido ao baixo volume de saca colhida.

Em um ano que, mesmo com a pandemia do Covid-19, o consumo de café em casa aumentou. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o consumo mundial deve crescer 1,9%, alcançando 167,58 milhões de sacas em 2020/21. Com o início da vacinação, espera-se aumentar ainda mais a demanda devido a reabertura dos estabelecimentos.  Além da redução da safra brasileira, outro fator que contribuiu para o aumento do preço do café foram os protestos ocorridos na Colômbia, com a dificuldade de exportar o produto e cumprir os contratos, diminuindo a oferta e aumentando a demanda.

Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, brigar com o mercado não é uma atitude inteligente, pois foram 30 anos construindo mecanismos que permitissem aos cafeicultores assegurar sua rentabilidade. “Tanto o vendedor quanto o comprador precisam manter uma boa relação para o bem dos negócios futuros. Para isso, é preciso que aja uma solução amigável entre eles”, ponderou Brasileiro. 

A última vez em que uma grave seca afetou o Brasil e os preços do café dispararam foi em 2014. A formação do câmbio e a cotação do café permanecem sob a influência das incertezas econômicas do Brasil, da instabilidade climática, dos custos de produção do café, do aumento do consumo mundial e das expectativas quanto ao desenvolvimento da safra 2021/2022.

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