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“Relevância social e econômica da cafeicultura para o Brasil” por Carlos André Santos de Oliveira, Superintendente da OCB/ES

Palestra realizada em evento de comemoração dos 40 anos do CNC

Baseado em dados da Embrapa Café, Carlos André fez uma leitura importante do impacto gerado pela cafeicultura no país. Desde 1727, o café foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história do Brasil. O setor gera mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos, sendo a atividade do agronegócio que mais emprega no país.

A cafeicultura é um mercado que está em expansão e gera, no mundo todo, recursos da ordem de 91 bilhões de dólares, ao comercializar 115 milhões de sacas. A atividade envolve meio bilhão de pessoas (8% da população mundial), desde a produção ao consumo final. O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras de café Arábica e café Conilon, atingiu R$ 34,04 bilhões em 2020.

O Brasil é referência mundial no consumo e na produção cafeeira, fatores que contribuem diretamente com a economia e o desenvolvimento da agricultura brasileira. O país tem a cafeicultura mais sustentável do mundo, com rigorosas exigências legais, ambientais trabalhistas e sociais.

O café é um dos mais importantes geradores de divisas ao país (na ordem de US$ 3 bilhões anuais e cerca de 33 milhões de sacas exportadas ao ano). Apesar de ser a 5ª atividade agrícola no ranking de geração de receitas, a riqueza ganha valor e se multiplica com capilaridade e dignidade social, gerando ganhos atrativos para produtores, comerciantes e indústria.

Números expressivos

Os estados produtores se destacam não só pelo volume produzido, mas também pela qualidade dos cafés. Segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgado no dia 25/05/2021, Minas Gerias é o maior estado produtor de café do Brasil, produzindo quase 50% do volume nacional. Tem uma produção estimada em 27 milhões de sacas. No estado, praticamente 100% das plantações são de café arábica.

O segundo maior produtor nacional é o Espírito Santo, com 10.388 milhões de sacas de café conilon e 3.239 milhões sacas de café arábica. O estado Capixaba é o principal produtor de café conilon. Os demais estados assim produzem: São Paulo (4. 017,1 milhões sacas); Bahia (3.955 milhões sacas); Rondônia (2.194,4 milhões sacas); Paraná (876,1 mil sacas); Rio de Janeiro (235 mil sacas); Goiás (212,1 mil sacas); Mato Grosso (198,9 mil sacas) e os demais estados (147,3 mil sacas).

Pesquisa avançada

O aporte tecnológico para o agronegócio do café brasileiro é dado por instituições de pesquisa e desenvolvimento que hoje estão reunidas no Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), e é coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio de uma de suas unidades descentralizadas, a Embrapa Café.

O Consórcio foi criado em 1997, por iniciativa de dez tradicionais instituições de pesquisa cafeeira brasileiras e é considerado o braço científico e tecnológico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que discute e orienta a realização do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (PNP&D Café).

É responsável pela execução do maior programa mundial de desenvolvimento do café, que compreende centenas de ações de pesquisa e transferência de tecnologia, no qual encontram-se envolvidos 1.300 pesquisadores e extensionistas.

As pesquisas trazem desenvolvimento de cultivares melhoradas, cuja utilização pelos produtores brasileiros pode incrementar a produtividade média de café em mais de 20%. Os mais modernos estudos em biotecnologia realizadas pelos pesquisadores do CBP&D/Café possibilitaram a obtenção do primeiro sequenciamento mundial do genoma do cafeeiro.

“O café é considerado um alimento nutracêutico e funcional, ou seja, que possui efeitos nutricionais e farmacêuticos. Isso porque o café não é formado apenas por cafeína, mas por muitos outros componentes que ajudam a prevenir a ocorrência de depressão, disfunções psíquicas, doença cardíaca e outros”, explica Carlos Augusto.

Agricultura Familiar

É fundamental citar também que cerca de 78% da produção nacional de café é realizada pela agricultura familiar. “Os pequenos e médios produtores são um grande esteio do volume total de produção. Por isso, o café se torna ainda mais relevante social e economicamente. A cafeicultura é questão de sobrevivência para a maioria daqueles que produzem. Hoje, temos um tripé sólido – econômico, social e ambiental – que faz com que não haja um êxodo rural, com preços remunerativos e uma atividade sustentável em todos os sentidos”, afirma Silas Brasileiro, presidente do CNC.

Assista a palestra completa no link abaixo

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